terça-feira, 25 de janeiro de 2011

instante já


o tempo e a peneira. a seta e o desvio. o esgarçamento e a contemplação. a escolha e o caminho. a lição e a imoralidade. a crença a e as inutilidades. a sutileza e o exposto. a ferida e a marca. o pedido e a surpresa. a beleza escancarada e a discriçao. o essencial e a bobagem. a mensagem e a ausência. a estação e a raiz. a casa e a porta. o ir e o vir. a lua e o infinito. a piada e o não riso. a linguagem e os olhos fechados. a presença e o nunca mais. a fechadura e a parede. a porrada e o discurso. o bolo de chocolate e a ausência de fome. a sagacidade e a falta de foco. o desejo e o deixa pra lá. o talento e a necessidade. a saliva e a coca-cola. a água e a língua. o beijo e o não sente nada. o “tenho certeza” e o “ainda não é ”. o preferido e a sujeira. a máscara e o carnaval. o vestido e o lençol. a sacada e o não precipício. a possibilidade e a incerteza. a dor e o controle. a estadia e a passagem. o sol e a cegueira. o vento e o pulmão. o estômago e o amor.


todos os sábados eu acho que te amo





























A

não é você
nem eu
ali
parados
a caixa de som 
e o vazio do salão
a barba por fazer
a vontade emudecida
a história em ré maior
tudo dentro da camisa de botão
branca
vida é aqui
eu e você
estancando a ferida
a vontade sempre subliminar
a escolha fragmentada
hoje exige urgência
amanhã
nunca mais
calo
o escuro do salão
você guarda o violão
eu recupero meu coração
você é 
meu medo
sim em desagrado com o meu não
é alternâcia
baticum com sonoridade desviada
te quero como nunca 
de repente
quase te amo por um segundo disperso
e aqui
agora
meu nunca é mais intenso

em alguns sábados eu acho que te amo

B
meu samba é um repente
na estrofe do ainda te querer bem
na verdade que minha decisão não escancara
na dúvida se escolha realmente existe
na saudade imensa
na falta de uma canção nascente como ação inesperada
na minha letra nesta madrugada
na sua melodia afiada
nessa noite desprogramada
a nossa voz
permanece calada
a minha verdade dorme
na tua agonia
o te amo que nunca e o que há
a distância escancarada
aqui
e nós
ali
do outro lado
como equilibristas do que cismamos em chamar
de nunca mais

todos os sábados eu acho que te amo.



Related Posts with Thumbnails