segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

missing herself

segurava o choro algumas vezes ao dia
se auto medicava com caramelos
recheados de menta
com chocolate
preferencialmente aos fins de tarde de vento frio
saboreava-os
com saudade
tinha saudade
muita 
saudade 
de vocês
enquanto digeria
o resto de tudo que não
era caramelo
o amor ali tinha virado um excesso
e voltar para onde estava era um luxo que não cabia mais
por isso mastigava o luxo adocicado 
em substituição de tudo que deixara para trás
quando criança ouvia contar que todos aqueles centímetros crescidos non stop aconteciam durante o sono
de repente já tinha 1, 50
1,68
1,76
crescer sempre foi indolor e de olhos fechados
fez,acredite,até natação para crescer mais
muito mais
e agora essa coisa de crescer por dentro
a maturidade em um dia
a disposiçao de um atleta para persistir
o acompanhamento dos batimentos que devem permancer ativos e sem disparar
desapego da saudade que dava de ser baixinha
descontrole,ela pensa, é paralisia.


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

a estrangeira de camisa branca ou dubrovnik é uma terra branca

o tempo esgarçado por ali. a moça estrangeira dorme. dorme de bruços, com uma camisa quente e branca, na esperança subliminar de apaziguar os sentimentos mais intensos que a abatem. sim, ela está abatida, tem olheiras fundas e pouca cor de sol, desde que teve que desviar da placa SIGA para a RECOMECE. sabe que é temporário, mais uma dessas questões onde o tempo se apresenta como o único fiel escudeiro, e afinal, como tudo na vida é mesmo temporário e  passageiro, recomeçar nem soa tão estranho assim. ela também conhece o  ditado oriental que diz mais ou menos a mesma coisa de quando contam com voz mansa e incentivadora, que um leão antes de saltar dá três passos para trás. nunca conferiu essa informação , nunca viu isso nos programas do discovery , mas sempre optou por esta crença , afinal dá-se mesmo muitos passos para trás ao longo de qualquer jornada ou mesmo durante o dia. 
a camisa quente serve para abraçar o corpo que grita escandalosamente pedindo qualquer coisa diferente de tudo que anda se apresentando nesse agora. sempre acreditou que um banho quente acorda com mais carinho  do que um banho de água fria. carinho para ela é fundamental , premissa básica para acordar de verdade. talvez por isso goste tanto de fazer amor pela manhã. outro dia conheceu um moço de olhos verdes ( ou eram azuis?  quando ela fecha os olhos para lembrar, não tem a certeza exata da cor - e  aproveitando o parênteses aberto - certeza tem exatidão? ) que tem o raciocínio sem pontuação que nem o dela. ele não usa vírgulas, pontos finais, é tudo em disparada, no máximo com uma interrogação, não muito firme, que até perde o posto de interrogação. é mais uma construção no final da frase, sugerindo uma interação com o interlocutor, do tipo :"é isso, compreende? "
aliás era aí também que eles se encontravam , a semi interrogação dominava o universo de ambos.  eram um conjunto de interrogações. ela poderia se apaixonar por ele mas não, não se apaixonou. sempre que o encontrava achava que isso poderia estar prestes a acontecer, mas não acontecia nunca e não aconteceria jamais, ela também sabia disso. ela vivia a beira. a beira de. e para  confortar-se, preferia isso do que estar à deriva.
talvez fosse justamente por estar com o coração vazio  que ela também dormia com uma camisa quente, ou para lembrar que podia voltar a gostar de alguém com uma intensidade nunca experimentada. por enquanto alguém ainda dormia na sua cama , por mais que eles não fossem mais  verdadeiramente um casal. outro dia subindo a escada rolante se flagrou pensando no desejo que tinha , lá pelos 20 e poucos anos, quando descobriu ser a outra do moço com quem andava namorando. sua maior vontade era que ele passasse um dia inteirinho conhecendo seu quarto, e mais precisamente sua escrivaninha. queria abandona-lo lá, a mercê daquele mundo de pequenos papéis, direcionando-se pela própria curiosidade, esmiuçando todas as pequenas coisas daquela moça estrangeira, suas delicadezas, vestígios, esconderijos, pequenos tesouros  não expostos nas caixas que ocupavam metade do tampo de vidro. alimentava secretamente que ele a descobrisse assim, como um antropólogo de detalhes subliminares . acreditava nitidamente que só assim - só assim gostava de repetir- quando eles fizessem amor novamente, ele estaria mesmo com ela, no mais alto grau de entrega e intimidade. isso nunca aconteceu. aquele homem era casado e o quarto estrangeiro não comportava alguém metade inteiro. hoje o homem que dorme em sua cama não é ainda o homem que saberá sua entrelinhas.  não basta abrir as caixas e vasculhar papéis, é preciso enxergar o entre, o excesso que mora nos espaços vazios. o quarto que ela está é grande,branco, a janela de vidro está embaçada e esconde a vista para uma floresta verde, que não aparece, mas está ali, e muito verde. seu pensamento continua desviado,  refletia sobre o esgarçamento do tempo diante das suas crises que pediam urgência e foi desaguar nos pensamentos afetivos - pensamentos tolos e subitamente essenciais para fazê-la levantar, tomar seu café e seguir na estrada do recomeço. a placa está sem instrução, ela pega o giz,  branco  assim como sua camisa quente e seu coração calmo e caminha em linha reta-----------------------------------é certo que

há vida nos espaços abertos.

foto de felipe felizardo

terça-feira, 16 de novembro de 2010

dever de casa



a tarefa árdua desse vácuo pré criação
a covardia que insistia
e o instante ali,
condensado em dias
precisava desatar o nó
mas agora preferia maracujina
queria que essa tarefa pudesse ser em grupo
como nos tempos de colégio
até aceitaria ser a líder
"mas digita para mim?
minhas letras estão garranchadas" 
ela anda tão rascunho de si
não reconhece seu reflexo
seus olhos estão convexos
quer água fresca
e a resposta imediata
coerência exige algum nexo?
ela segue por ali
tentando entender o caminho para ficar perto de si
mas afinal caminho é para ser entendido?
lembra de odisséia, sertão veredas, livro dos prazeres

(respira)

(ouve seus batimentos cardíacos)

(alívio)

viver andava sem conjugação
olha a vista da janela
que amanhã nunca mais será a janela vista
o peito desafia
entender por enquanto é verbo sem primeira pessoa




Lençol


e de repente somos há 15 anos
e ali, 
de vez em quando
acabamos de nos conhecer
os primeiros instantes
a despedida
e o por toda uma vida
ali,
a cama dividida
a crise compartilhada
o olhar ambíguo
a dúvida que assola todas as certeza
-onde vai dar tudo isso?-
ser implica em ter alguém que é você também 

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ritmo de acordeon antigo

eu quero é que você me leve
e eu me jogue
e depois a gente vê

eu quero que você se entregue
e eu me apegue
e depois a gente sê

eu quero que você me olhe
e eu me espelhe
e depois a gente crê

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

fluxo de uma maré











































Não sei,
mas por hora 
ter a firmeza dos capitães em mar de chuva
cairá como um chá de capim limão em dia de frio e insônia.
ser  assim, 
uma especie desses  “leva navio”
direcionador sobre a água revolta e teimosa
marujo, marinheiro
ou pirata que intui com maestria onde espera o ouro
onde está o tesouro ali ansioso em ser encontrado para ter a confirmação de sua própria existência.
por hora,
aqui,
onde nada abastece
tudo se torna suficiente porque a morte da expectativa insiste em se apresentar
mansa, sorrateira
aqui, 
onde estou 
onde não nos encontramos
porque nunca te convidei
as nuvens passam e não trazem vento
é bem estranho esse ar parado
está tudo muito calmo
coisa mais perigosa que tempestade de granizo
a calma é o silêncio dos ladrões, 
é o golpe baixo da estação que vem
e continua indefinida
agora pode ser verão, outono
inverno
tudo está tão igual
permanece
tempo estático
água leve ou
temporal
aqui,
navego
capitaneio meu desejo
essa é minha auto expedição
Adelante companheiro ,sussurro em meu próprio ouvido
quero a força do mar que não cessa sua dança
em maré baixa
ou Lua cheia
no vai e vem
aqui, 
tudo indo já é alguma espécie de movimento
ser rio que corre com a certeza que vai desembocar
é a soluçao mais romântica
para persistir
será que todo marinheiro precisa de um porto para chegar?








































Interferência sobre livros. Memórias escapulidas. 2010. nanquim, acrílica, pó de café, pregos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ali, na capadócia ou depois de tanto tempo , talvez.



Prefiro dançar assim, de longe, finje bem que você não está mais aqui.
Abraço o amigo de ocasião com a intimidade de uma infância compartilhada. Ali, com todos do salão como cúmplices, desejo morbidamente escancarar o que a gente guarda como a curva do rio.
Você, no canto esquerdo da multidão é a primeira pessoa que percebo e sigo como que não,adiante, distraída, com uma miopia inventada às 4 da manhã.
Faz bem ser vista por você , mesmo atrás da coluna, nitidamente exposta,ali, meu não-sorriso, meu sono de tudo isso, minha vontade emudecida, minhas cartas nunca enviadas, meus cantinhos invisíveis e suas marcas disfarçadas. Gosto de ser o ponto de fuga desse retrato , a autonomia da sua paisagem, estar ali como se você nao estivesse é minha maior exposição. O salão está lotado, e eu ali excessivamente minha sendo de vez em quando sua. Talvez esteja a  mercê das suas rimas não ditas, desviando dessa história idiota,  que-eu-queria-que-fosse-fútil , melodramática não , cafona talvez, o que importa é que eu sempre gostei, fosse o que fosse, era.Tomo água , dessa vez com limão, avanço , a escada comprida, o portão de ferro antigo. Saio.  
A minha resposta continua sendo não. E meus olhos ainda são ? 
------------





não quis dizer que um dia gostou com mais verdade do que sabia.
que 6 horas da tarde no leme é triste porque foi lá que se deu conta de que não.
que ainda é mas forçou a vontade do abandono , e foi sim de coração.
não sabe se dizer salva.
não sabe se dizer vale.
não sabe se dizer ainda comunica.
ouviu tudo que era dito com a intimidade das madrugadas,  sem desviar os olhos.
cinco da manhã.
tomou um gole de coca cola, porque aquela noite não bebia para manter-se menos fiel a si.
descobriu que não era o álcool que fazia a verdade escapulir em horas indevidas.
também não era a música alta e nem o frio da rua pouco iluminada que trazia tremores inesperados e a gesticulação intensa e tátil.
era aquilo que não era dito.
era a vontade que ainda se fazia.
era o “e se”.
era aquilo que ficava no entre.
era
ela ele e
...


sentiu que talvez, ali na Capadócia ainda cabia aquela possibilidade
sentiu que seu abraço sempre deixa o mesmo perfume
sentiu necessidade da sua doença de querer muito
sentiu saudade do beco sem saída e do atalho de paralelepípedos e buracos
da manutenção da falta de expectativa para tornar o encontro possível
da falta de espaço para ceder
sentiu o impulso de dizer que algumas noites tem vontade de saber os seus porques
sentiu que era bonito dizer que já gostou mas calou porque não podia mesmo ser
sentiu o gosto do café quente-preto-amargo para acordar e não  ver
sentiu que depois de ter falado muito sério uma vez
nunca mais conseguiu perguntar
como vai você?



sábado, 28 de agosto de 2010

palavras que não são



Qual o nome do vácuo entre o pretendido e o que não? Aquilo que nunca acontece e que nos mantêm vivos – qual o nome disso?
Qual o nome do frio na barriga do dia que vem vindo , da euforia sem nenhum motivo? Qual o nome da expectativa disfarçada, do que você achou que era intuição e não foi nada, do prenúncio de uma boa nova, qual o nome desses sentimentos sem motivo?
Qual o nome do medo non sense vespertino?
Qual o nome  do não saber se o que é vem com o que se sente? Qual o nome da falta de discernimento de alguém bem intencionado?
Qual o nome da vontade súbita de amanhecer na praia com um amor antigo e esquecido, mesmo nunca mais querendo isso?
Então, qual o nome de tudo isso?
Qual o nome do que a saudade não dá conta? E quando a gente sente saudade de alguém do nosso lado, qual o nome disso? 
Qual é o nome do eu te amo emudecido? Qual o nome da vontade a mais que não é feroz e bruta como a insaciabilidade? Qual o nome disso que nos mantêm nessa cidade ? 
Qual o nome disso que faz a gente levantar todos os dias , atrasar o despertador, escovar os dentes , se olhar no espelho e achar que deve manter-se acordado. Qual o nome do tudo que a gente pensa quando abre a geladeira?
E o que tem mais peso , a dor ou o sorriso? Lágrima ou suspiro, culpa ou chocolate? Por que na balança choro tem mais gramas do que uma lembrança? Qual o nome desse não sentido?
Qual o nome da espera aflita no sinal e a surpresa de olhar para o lado e encontrar alguém muito interessante?
Qual o nome dessa coisa preenchida por tardes em que a gente larga tudo, olha o céu, a nuvem branca e basta- a vida também é isso - ?
Qual o nome da sensação de achar que finalmente encontrou?
Qual o nome da vontade enorme de depois da paixão preferir ser muito amigo?
Qual o nome desse súbito instante, olhar mais uma vez e agora , de um dia para o outro , se sentir atraído?
Qual o nome da mania de deixar pela  metade um monte de livros que querem ainda serem lidos?
Qual o nome dessa certeza que amanhã não será nosso último dia? Qual o nome das convicções disfarçadas? Qual o nome do entre a vontade e o não ceder?
Qual o nome do lugar onde foi parar aquilo que não te faz mais sofrer?
Qual o nome desse tempo esgarçado?
Qual o nome desse sofrimento diário por uma plenitude que não existe?
Qual o nome do estar bem mesmo diante da incompletude?
Qual o nome do acordar tarde, perder o dia e achar que fez bem? 
Qual o nome do fazer a mesma coisa e achar que assim não pode ser?
 Qual o nome do que nos leva além , e do que fica entre o vai e vem?
Qual o nome desse lugar onde as palavras não dão conta de tudo que é?
Qual o nome do momento em que somos salvos por uma lembrança?
Aquilo que não tem nem nome, precisa ter para ser vivo?
Qual o nome de tudo o que se sente e talvez nunca se tenha dito?
Qual o nome disso aqui?
E isso?

domingo, 22 de agosto de 2010

sobre a chegada de Novna a Dubrovnik


Novna é amiga da Jadranka, mas ainda não sabe.
Ela também ainda não sabe se existe destino mas decisão, isso sim, ela diz que existe. 
É por essa razão, combinada ao excesso de sua existência, que ela acaba de se instalar em Dubrovnik. 
Chegou esta manhã, recebida por um gentil marinheiro que vestia , exepcionalmente naquele instante ,vermelho , vermelho escarlate.
Com suas malas ainda desarrumadas, no quarto alugado de uma turca detalhista, sente-se especialmente bonita  trajando um vestido quase cor de pele,  fiel escudeiro durante toda viagem até aqui.
Novna está com um lenço fúcsia , marcado quase invisivelmente por manchas do vinho tinto que toma todos os dias quando escurece. Seu pescoço também tem manchas, imperceptíveis. É porque toda vez que precisa expressar suas  idéias,  ela o  acaricia num movimento de vai e vem .
A garganta de Novna é sua parte mais quente e talvez a mais erótica,   por isso costuma filmá-la experimentalmente em sépia , explorando quadros angulosos e abstratos. 
Alimenta , secretamente , o desejo de enviar seus filmes para Chantal e também para Spielberg, mas não sabe explicar bem o porque deste último. Talvez seja porque E.T foi o primeiro filme que a levou a experimentar Coca Cola com cigarro - um trago e um gole-  e a amar com agressão. Agressão para Novna é o auge da expressão.
Ontem, depois de um filme assistido pela nona vez,  despediu-se dela mesma as duas e meia da manhã.
As duas e meia da manhã ainda estava deitada na sala da casa antiga, em companhia de suas 983 cartas- as recebidas e as nunca enviadas , 436 sapatos de cor forte e 1239 filmes com cenas de despedida e beijos na chuva. 
Suas coisas ficam devidamente embrulhadas e organizadas em caixas com nomes de momentos. 
Sim, ela dá nome para seus momentos ou apropria-se de nomes de música– como por exemplo – Self portrait in 3 colours , composta por um grupo de jovens franceses de Toulouse.
A primeira coisa que viu, na nova cidade , foram as unhas sujas do marinheiro que a recebeu gentilmente, e logo após afirmou para si , que era  preciso, muito preciso, ficar fechada para balanço .
Fechar-se é algo da natureza das coisas decididas racionalmente? 
Ela não sabe a resposta para sua pergunta e por isso acredita ser mais útil contemplar as ruínas do moinho desativado.
Na bolsa de festa que herdou de sua mãe, ela carrega um papel dobrado em 6, onde está escrito a lápis :
"Nunca fui solitária , nem quando estive sozinha , nem acompanhada, mas eu teria gostado de estar solitária. Solidão significa o seguinte : finalmente estou inteira. Hoje sonhei com um estranho . Era meu homem. Só com ele eu poderia ser solitária, me abrir totalmente e recebê-lo como um ser inteiro."


É um filme do Win Wenders, que ela acha "tão bonito".

Algumas tardes ela dedica a ouvir uma única composição feita por um amor antigo, que ela descreve como inútil. Escuta com fone de ouvido, para senti-lo mais próximo, sem que ele nunca saiba.
Inutilidades, para a moça ainda jovem, trazem grandes apontamentos para a vida.
Novna chama de despedida de si , as pequenas matanças que anda fazendo em seu cotidiano. 
A cada morte diária, junta uma pequena porção de terra ou areia, dentro de uma maleta, que comprou de um ilusionista. 
Um dia, perguntou para esse antigo amor , quais eram suas pequenas mortes cotidianas e ele disse que não as tinha - ele nunca havia  morrido - um dia sequer. Nesse dia ela deixou de amá-lo.
Talvez, seja também por isso que ela tenha chegado esta manhã a Dubrovnik. Talvez, seja também por isso que Jadranka será sua nova amiga.
Novna quer, com força, começar a surpreender-se com a própria existência, mesmo sendo exaustivamente ela mesma. 


desenhos em papel jornal
e carvão by menina sem século.








sábado, 14 de agosto de 2010

desenhando nas manhãs de sábado ou meus desenhos me levam para uma manhã bem acordada



e depois 
confusamente fiquei
pensando naquela parede
e nos meus
objetos
que não estavam
a ausência das coisas 
minhas
ali
a parede branca
a não resposta ao que os olhos procuravam
a sensação que
,


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