terça-feira, 14 de julho de 2009

no dia certo de ir embora
durante aquele período pós sono
mais que meio dia
que ela chamava de minha manhã
ela preparou um café forte
adoçou com dois cubos de chocolate belga
e colocou na xícara única
de rosas vermelhas
tomou aquele café doce
de uma vez
como se engolisse seu desespero quente pra acordar
a palavra ir trazia suores
tremores inesperados
contato com o que não tem nome
e um objeto qualquer ao alcance
quebrado
ir te leva daqui?
ela pergunta
com vergonha de acordar
lambendo os dedos de chocolate
aquele
que ficou grudado
na xícara
única
de rosas vermelhas

4 comentários:

Dani Barbosa disse...

ir nunca me leva de mim!

(thanks GOD)

Aquela disse...

ir te leva daqui?

genial!

Aquela disse...

li o que me pediu e acho que já não importa mais qualquer consideração se é ou não é.

terminei o livro daquele convidado.

me lembrou um da inês pedrosa que chama eternidade e o desejo, mas eu sinceramente não sei porque.
ela é genial. só isso que sei por hora.

Simonetta disse...

ihhh, conheço essa xícara...
e "o contato com o que não tem nome"...haja disposição, energia, coragem,vontade, desejo...rs
também aaaaaaaaaaamei a pergunta
"ir te leva daqui?"
bisous
amo passear no sem século!

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