domingo, 14 de dezembro de 2008

E de repente um choro sem muito significado
o vinho deixando tudo alterado
a percepção enganada
a lágrima engasgada
na juke box o rock daquela juventude descabelada
tinha vento e tinha calma
hoje não sei de nada
sobre o pouco do que se sente
fica uma pergunta
reticências com som de máquina
sentimentos não catalogados
amor dividido

tudo o que foi e que ainda permanece
o beijo mandado várias vezes pro amor do passado
"não esquece por favor, ele não sabe mas é o meu primeiro amor"
o cara do lado nervoso com a vodka na mão
o apaixonado que só olha de rabo de olho

e o medo dele de ser precipitado
tantas atitudes e pensamentos inacabados
enquanto isso
pra você que está do lado
te peço um trago
e um gole dessa bebida

fria
é que to estancando a ferida
que eu nem sei da onde vem
aqui, meu bem
sangra vermelho
de vez em quando

e sem medida
dia sim dia não
fica um choro entalado
que num sorriso logo disfarço
não acho a fonte dessa água
que não deságua e nem seca de vez
acho que ficou lá atrás no eu te amo mal dado
no beijo roubado por outro

no fim de alguma coisa que se construía
a justificativa ficou perdida
mas hoje de repente volta alguma coisa

e o que sobra é a espera do quem sabe um dia...



Um comentário:

Dani Barbosa disse...

amei isso!

amei o comentário na manteiga!

amo você!

Ah... amo muito!

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